Sapo púrpura fluorescente
Texto extraído de
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/reuters/2007/06/04/ult4296u186.jhtm
Um sapo fluorescente de cor púrpura é
uma das 24 novas espécies descobertas nos planaltos do Suriname. Segundo
ambientalistas, as criaturas são ameaçadas pelo garimpo ilegal.
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A descoberta de tantas espécies fora
classe dos insetos é extraordinária e aponta a necessidade de pesquisas
em regiões distantes, segundo Leeanne Alonso, da ONG Conservação
Internacional, que liderou a expedição responsável pelas descobertas.
WASHINGTON (Reuters) -
Um sapo fluorescente de cor púrpura é uma das 24 novas espécies
descobertas nos planaltos do Suriname, disseram ambientalistas nesta
segunda-feira, alertando que as criaturas são ameaçadas pelo garimpo
ilegal.
"Quando você vai a esses
lugares tão inexplorados e remotos, tende a encontrar novas espécies,
mas a maioria são insetos", afirmou Alonso por telefone de Paramaribo,
capital do Suriname. "O que é realmente empolgante aqui é que
encontramos muitas novas espécies de sapos e peixes também."
O sapo de duas tonalidades tem a pele coberta por traços fluorescentes
numa cor púrpuro-azulada, sobre um fundo na cor de berinjela. Ele foi
descoberto em 2006 como parte de uma pesquisa no planalto de Nassau, no
interior do Suriname, segundo a ONG.
Os cientistas que
vasculhavam aquele planalto e os montes Lely encontraram quatro outras
novas espécies de sapo, além do descrito acima, seis espécies de peixe,
12 besouros coprófagos e uma nova espécie de formigas, de acordo com
nota da Conservação.
As criaturas foram achadas por 13 cientistas que exploraram a região,
cerca de 130 quilômetros a sudeste de Paramaribo, onde há áreas com
fontes de água suficiente para abrigar abundantes populações de
peixes e anfíbios.
Eles também acharam 27
espécies nativa do Escudo das Guianas, que abrange Suriname, Guiana,
Guiana Francesa e o norte do Brasil. Um deles era o raro peixe-gado com
carapaça, que os ambientalistas temiam já estar extinto devido à
contaminação provocada por garimpeiros num riacho onde a espécie havia
sido vista pela última vez, há 50 anos.
Incluindo as novas
espécies, os cientistas observaram 467 espécies nos dois locais, indo de
grandes felinos, como panteras e pumas, até macacos, répteis, morcegos e
insetos. |