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O Fósforo e a Vela

                                          Certo  dia o fósforo disse à vela :

      ─ Tenho a  missão de acender-te.

      ─ Oh, não – respondeu, assustada, a vela. – Se  me acenderes, meus dias estarão contados. Já mais  ninguém poderá ver a beleza da  minha  forma e da minha cor ...

O fósforo, então, confuso, perguntou à vela :

      ─ Queres permanecer  o resto de tua vida, fria, dura  e sem ser acesa ?

      ─ Mas  ser acesa? Arder? Isso dói e consome minha força , - murmurou a vela, lamentando-se, cheia de medo.

      ─ Tens razão – respondeu o fósforo. – Mas esse é o mistério de tua vida e de tua nobre missão. Tu e eu fomos chamados a ser luz. O que eu posso fazer como fósforo é muito pouco. Mas, ao passar  o meu fogo para ti, cumpro o sentido de  minha vida. Fizeram-me exatamente para isto : acender  o fogo.

      ─ Tu és  vela !  continuou o  fósforo. – Tua missão é alumiar, irradiar luz. Enquanto te consomes, tua dor e tua energia se transformarão em luz  e calor, e por isso necessitamos de ti e não iremos, jamais, esquecer-te. Outras velas levarão adiante a  luz, mas se tu te recusares, morrerás e serás esquecida.

      A vela,nesse instante da conversa, abriu os olhos   amplamente e, apontando firmemente para ao seu pavio, disse ao fósforo, ainda que com voz trêmula :

     ─ Rogo-te que me acendas !

 

       E, atendido o pedido,  a formosa vela  foi-se consumindo  , feliz,  entregando o seu coração ao maravilhoso destino de  distribuir  luz e calor  para todos.

 

Fonte :  As mais belas Parábolas de     todos os tempos
              Editora Leitura, vol. II,organizado por Alexandre
              Rangel, 2004, p. 184.

 


 

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